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dc.creatorFerreira, Pamella Thaís Magalhães-
dc.date.accessioned2019-05-10T19:06:25Z-
dc.date.available2019-05-10T19:06:25Z-
dc.date.issued2019-05-08-
dc.date.submitted2019-02-22-
dc.identifier.citationFERREIRA, P. T. M. Análise crítica do discurso de criação da Fundação Renova: a perpetuação dos crimes corporativos. 2019. 105 p. Dissertação (Mestrado em Administração)–Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2019.pt_BR
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/34243-
dc.description.abstractIn a contemporary context marked by the neoliberal tendency, the state increasingly loses its interventionist capacity and corporations have the power to act deliberately in society, defending their own interests insofar as they reduce the alternatives and rights from the people (MEDEIROS, 2013). Thanks to this power and deliberate actions, corporations have space to commit corporate crimes, which are produced in interaction of inter and intraorganizational agents, in an attempt to achieve corporate goals, causing damages to the people, environment and society in general. Corporate crimes are also characterized not as an objective decision to commit criminal conduct, but rather to know the risks and still assume them (MEDEIROS, 2013). Aware of this, it is considered the corporate crime scenario of Samarco and its controlling companies Vale and BHP, responsible for the Fundão dam, broke in Mariana-MG in 2015, based on the knowledge of the corporations about the risk of the rupture and for having decided neglect such risks. The rupture caused damage to the environment to entire communities (IBAMA, 2015), as well as causing 19 deaths (G1, 2016a) and leaving more than 1,200 people homeless (G1, 2015c), thus consolidating a case of corporate crime and a crisis scenario faced by corporations (MEDEIROS, SILVEIRA, OLIVEIRA, 2018), with recurrent denunciations and demands of the victims of the receipt of their rights. In this scenario of crisis, there are also conflicts that provoke changes in the context of corporate action, causing corporations to use strategies to return the normality of their operations (MEDEIROS, SILVEIRA, OLIVEIRA, 2018). In the crisis, which is also a process of change, there is an instability of hegemonic power, causing differences between social subjects, between dominator and dominated, represented equally in discursive struggles, in which hegemony represents, attempts to regain control and eliminate the instability that threatens it, naturalizing what gave rise to the crisis (FAIRCLOGH, 2016). As a way to mark the crisis faced by Samarco, Vale and BHP is carried out by the corporations in agreement with the State, a Transaction Term and Adjustment of Conduct (TTAC), which establishes the creation of the Fundação Renova, a private nonprofit foundation that acts in the process of redress and recovery of damages caused by the crime. Understanding that Renova emerges at the moment of instability of the hegemonic power of Samarco, Vale and BHP, as a way to slow down the struggles represented by the mining company and the resistance movements of the victims, the question is: how does the creation discourse of the Fundação Renova contribute to the naturalization and spread of corporate crimes? To answer such questioning, the present study adopts the theoretical-methodological chain of Fairclough, which deals with discursive practice and social change. The research was developed under methodological criteria of a qualitative nature, with data collection through bibliographic research - from official documents produced by the company, non-governmental organizations, websites, etc. and documentary basis, with documents produced by the MPF, the TTAC (corpus of analysis), the status of the Fundação Renova, and other official documents. The analyzes were performed based on the three-dimensionality proposed by Fairclough (2016), analyzing the social, discursive and textual practice. Thus, we analyze the production, distribution and consumption of the corpus of analysis, as well as the categories of intertextuality, interdiscursivity and the representation of social actors. The results generally point to the emergence of Renova with the use of discourses to erase victims, responsibilities and losses as a form of naturalization of crime.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Lavraspt_BR
dc.rightsrestrictAccesspt_BR
dc.subjectCrimes corporativospt_BR
dc.subjectSAMARCO Mineração S. A.pt_BR
dc.subjectFundação Renovapt_BR
dc.subjectAnálise crítica do discursopt_BR
dc.subjectCorporate-crimept_BR
dc.subjectRenova Foundationpt_BR
dc.subjectCritical discourse analysispt_BR
dc.titleAnálise crítica do discurso de criação da fundação Renova: a perpetuação dos crimes corporativospt_BR
dc.title.alternativeCritical discourse analysis of the fundação Renova creation: the perpetuation of corporate crimespt_BR
dc.typedissertaçãopt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Administraçãopt_BR
dc.publisher.initialsUFLApt_BR
dc.publisher.countrybrasilpt_BR
dc.contributor.advisor1Mafra, Flávia Luciana Naves-
dc.contributor.referee1Albuquerque, Carolina Machado Saraiva de-
dc.contributor.referee2Medeiros, Cíntia Rodrigues de Oliveira-
dc.description.resumoNum contexto contemporâneo, marcado pela tendência neoliberal, o Estado perde cada vez mais sua capacidade intervencionista e as corporações detêm o poder de agir deliberadamente na sociedade, defendendo interesses próprios na medida em que reduzem dos indivíduos suas alternativas e seus direitos (MEDEIROS, 2013). Graças a esse poder e ações deliberadas as corporações tem espaço para cometerem crimes corporativos, sendo eles produzidos na interação e agentes inter e intraorganizacionais, na tentativa de alcançarem os objetivos corporativos, causando danos aos sujeitos, meio ambiente e sociedade em geral. Os crimes corporativos são caracterizados também não por ser uma decisão objetiva de cometer a conduta criminosa, mas sim por conhecer os riscos e ainda assim assumi-los (MEDEIROS, 2013). Ciente disso considera-se, o cenário do crime corporativo da Samarco e suas controladoras Vale e BHP, responsáveis pela barragem de Fundão, rompida em Mariana-MG em 2015, a partir do conhecimento das corporações acerca do risco do rompimento e por elas terem decidido negligenciar tais riscos. O rompimento causou danos ao meio ambiente, a comunidades inteiras (IBAMA, 2015), além de ter provocado 19 mortes (G1, 2016a) e deixado mais de 1200 pessoas desabrigadas (G1, 2015c) consolidando assim, um caso de crime corporativo e um cenário de crise enfrentado pelas corporações (MEDEIROS, SILVEIRA, OLIVEIRA, 2018), com denúncias recorrentes e exigência das vítimas do recebimento de seus direitos. Nesse cenário de crise, há também conflitos que provocam mudanças no contexto de atuação corporativa, fazendo com que as corporações utilizem de estratégias para o retorno da normalidade de suas operações (MEDEIROS, SILVEIRA, OLIVEIRA, 2018). Na crise, que também é um processo de mudança, há uma instabilidade do poder hegemônico, diferenças marcadas entre os sujeitos sociais, entre dominador e dominado, representado igualmente em lutas discursivas, no qual aquele que representa a hegemonia, intenta retomar o seu controle e eliminar a instabilidade que o ameaça, naturalizando aquilo que deu origem a crise (FAIRCLOGH, 2016). Como forma de balizar a crise enfrentada pela Samarco, Vale e BHP é realizado pelas corporações em acordo com o Estado, um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), que institui a criação da Fundação Renova, fundação privada, sem fins lucrativos que atua no processo de reparação e recuperação dos danos causados pelo crime. Entendendo que a Renova surge no momento de instabilidade do poder hegemônico da Samarco, Vale e BHP, como forma de abrandar as lutas representadas pela mineradora e os movimentos de resistência das vítimas, questiona-se: como o discurso de criação da Fundação Renova contribui para a naturalização e propagação dos crimes corporativos? Para responder tal questionamento, o presente estudo adota a corrente teórico-metodológica de Fairclough, que trata da prática discursiva e mudança social. A pesquisa se desenvolveu sob critérios metodológicos de natureza qualitativa, com coleta de dados por meio de pesquisa bibliográfica - desde documentos oficiais, produzidos pela empresa, organizações não governamentais, websites, etc. e de base documental, com documentos produzidos pelo MPF, o TTAC (corpus de análise), o estatuto da Fundação Renova, entre outros documentos oficiais. As análises foram realizadas com base na tridimensionalidade proposta por Fairclough (2016), analisando a prática social, discursiva e textual. Assim, analisou-se a produção, distribuição e consumo do corpus de análise, bem como as categorias de intertextualidade, interdiscursividade e a representação dos atores sociais. Os resultados de forma geral apontam para o surgimento da Renova com a utilização de discursos de apagamento das vítimas, das responsabilidades e dos prejuízos como forma de naturalização do crime.pt_BR
dc.publisher.departmentDepartamento de Administração e Economiapt_BR
dc.subject.cnpqAdministração de Setores Específicospt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/8618345443467546pt_BR
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