Relações entre ciclo sono-vigília e estado nutricional em adultos: um estudo exploratório

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Resumo

A relação entre o ciclo sono-vigília e o estado nutricional tem sido um tema de crescente interesse na literatura científica, devido ao impacto significativo desses fatores na saúde geral. Estudos indicam que desajustes no ritmo circadiano podem influenciar negativamente o metabolismo, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. No entanto, há uma lacuna significativa na compreensão de como esses padrões de sono e vigília se relacionam com o estado nutricional. Este estudo exploratório teve como objetivo analisar a concordância entre o Questionário de Matutinidade e Vespertinidade (MEQ) e os horários de deitar e levantar obtidos pela actigrafia, além de investigar as associações desses dados com padrões alimentares, antropometria e nível de atividade física em uma amostra da população adulta. A amostra consistiu de 35 adultos jovens, majoritariamente do sexo feminino, sendo 27 mulheres e 8 homens, monitorados por 14 dias consecutivos com actígrafo e aplicação do MEQ para avaliação do cronotipo. Os resultados mostraram uma concordância parcial entre o MEQ e a actigrafia, com discrepâncias notáveis entre indivíduos vespertinos, que apresentaram horários de deitar e levantar significativamente mais tardios quando medidos pela actigrafia em comparação ao auto relato. Indivíduos com horários de sono mais tardios apresentaram maior consumo de carboidratos e calorias, especialmente à noite, e piores perfis antropométricos, como maior percentual de gordura corporal e IMC. O tempo total de sono mostrou-se negativamente associado ao consumo de alimentos ultraprocessados e ao percentual de proteínas na dieta. As associações significativas entre cronotipos e as variáveis estudadas revelaram que cronotipos vespertinos estavam mais propensos a hábitos alimentares noturnos e a piores indicadores de composição corporal, enquanto cronotipos matutinos apresentaram padrões alimentares mais saudáveis e melhor desempenho em medidas antropométricas e atividade física. No entanto, o tamanho reduzido da amostra e a predominância de participantes do sexo feminino limitam a generalização dos resultados. Apesar dessas limitações, conclui-se que, embora o MEQ seja eficaz para identificar preferências subjetivas de cronotipo, ele não reflete completamente os horários reais de sono e vigília capturados pela actigrafia, especialmente em indivíduos vespertinos. Adicionalmente, cronotipos vespertinos estão associados a padrões alimentares menos saudáveis e piores indicadores de composição corporal, enquanto cronotipos matutinos demonstram um perfil mais favorável em termos padrões alimentares e atividade física. Esses achados sugerem que intervenções personalizadas, que considerem o cronotipo individual, podem ser eficazes na promoção de hábitos alimentares e de sono mais saudáveis. Estudos futuros com amostras maiores e mais diversificadas são necessários para confirmar e expandir essas conclusões.

Abstract

The relationship between the sleep-wake cycle and nutritional status has been a growing topic of interest in the scientific literature due to the significant impact these factors have on overall health. Studies indicate that disruptions in circadian rhythm can negatively affect metabolism, increasing the risk of developing chronic noncommunicable diseases. However, there is a significant gap in understanding how these sleep and wake patterns relate to nutritional status. This exploratory study aimed to analyze the concordance between the Morningness-Eveningness Questionnaire (MEQ) and bed and wake times obtained through actigraphy, as well as to investigate the associations of these data with dietary patterns, anthropometry, and physical activity levels in a sample of the adult population. The sample consisted of 35 young adults, predominantly female, monitored for 14 consecutive days with actigraphy and the MEQ for chronotype assessment. The results showed partial concordance between the MEQ and actigraphy, with notable discrepancies among evening types, who exhibited significantly later bed and wake times when measured by actigraphy compared to selfreports on the MEQ. Individuals with later sleep times had higher carbohydrate and calorie intake, particularly at night, and poorer anthropometric profiles, such as higher body fat percentage and BMI. Total sleep time was negatively associated with the consumption of ultra-processed foods and the percentage of protein in the diet. Significant associations between chronotypes and the variables studied revealed that evening chronotypes were more prone to nighttime eating habits and poorer body composition indicators, while morning chronotypes showed healthier dietary patterns and better performance in anthropometric measures and physical activity. However, the small sample size and the predominance of female participants limit the generalization of the results. Despite these limitations, it is concluded that while the MEQ is effective in identifying subjective chronotype preferences, it does not fully reflect the actual sleep and wake times captured by actigraphy, particularly in evening types. Additionally, evening chronotypes are associated with less healthy eating patterns and poorer body composition indicators, while morning chronotypes demonstrate a more favorable profile in terms of nutritional health and physical activity. These findings suggest that personalized interventions that consider individual chronotype may be effective in promoting healthier eating and sleep habits. Future studies with larger and more diverse samples are needed to confirm and expand these conclusions.

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BORGES, Wallyson Coelho Rosa. Relações entre ciclo sono-vigília e estado nutricional em adultos: um estudo exploratório. 2024. 69 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição e Saúde) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2024.

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