Elementos para a leitura do problema moral em Sartre
Carregando...
Notas
Data
Autores
Orientadores
Coorientadores
Membros de banca
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Federal de Lavras
Faculdade, Instituto ou Escola
Departamento
Departamento de Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação
Programa de Pós-graduação em Filosofia
Agência de fomento
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
Tipo de impacto
Áreas Temáticas da Extenção
Objetivos do desesenvolvimento sustentável
Dados abertos
Resumo
A presente dissertação objetiva elencar os elementos conceituais para a interpretação do
problema moral em Sartre. O filósofo francês no decorrer de suas produções filosóficas de
âmbito epistemológico, fenomenológico e ontológico parece indicar uma ressonância ética.
Isso fica evidente na conferência “O existencialismo é um humanismo” (1945), da qual partimos
para a primeira análise. Sartre apresenta a sua posição ético-existencial de que a subjetividade
humana é a única responsável pelo seu ser, isto é, antes da ação, o homem não é nada. A recusa
do filósofo das leis divinas, bem a priori e a moral alheia está pautada na ausência de
determinações e essências prévias que definam o que é a natureza humana. A condição humana
é liberdade, a qual fundamenta todos os valores em situação. Não há nada externo ou interno
que determine e substancialize a subjetividade. Nesse viés, investigamos em “A
Transcendência do Ego” (1936), as severas críticas do jovem Sartre às concepções filosóficas
que introduzem a presença de um ego transcendental ou material na imanência da consciência,
sendo refutadas pelo conceito fenomenológico de consciência intencional. Essa caracteriza pela
espontaneidade do movimento sempre ao mundo exterior, objeto, sem qualquer princípio
egológico responsável pela síntese e unificação das vivências. A purificação do campo
transcendental preserva a soberania da consciência, ou seja, a sua liberdade como o alicerce da
moral. O que nos leva à análise da obra de maturidade “O Ser e o Nada” (1943), propriamente
o capítulo I “Estrutura imediatas do Para-si”, de maneira a compreender a razão do modo de
agir do ser para-si ao trazer o valor ao mundo. De acordo com Sartre, o homem, por estar aberto
a um não-ser, ao nada, transcende perpetuamente em busca de uma identidade valorativa, o si,
a fim de coincidir consigo mesmo, alcançar a plenitude totalizadora do seu ser como o ser emsi.
Os estudos propõem mostrar como os conceitos de consciência intencional, liberdade, valor,
ser em-si, ser para-si, subjetividade, ego e o nada, dão sustentabilidade para a interpretação de
uma ética existencial em Sartre.
Abstract
The present dissertation aims at listing the conceptual elements for the interpretation of the
moral problem in Sartre. The French philosopher in the course of his epistemological,
phenomenological and ontological philosophical productions seems to indicate an ethical
resonance. This is evident in the conference "Existentialism is a Humanism" (1945), from
which we start for the first analysis. Sartre presents his ethical-existential position that human
subjectivity is solely responsible for his being, that is, before action, man is nothing. The
philosopher's refusal of divine laws, a priori good, and the morality of others is based on the
absence of determinations and previous essences that define what human nature is. The human
condition is freedom, which is the foundation of all values in situation. There is nothing external
or internal that determines and substantializes subjectivity. In this vein, we investigate in "The
Transcendence of the Ego" (1936), young Sartre's severe criticism of philosophical conceptions
that introduce the presence of a transcendental or material ego in the immanence of
consciousness, which is refuted by the phenomenological concept of intentional consciousness.
This is characterized by the spontaneity of the movement always to the external world, the
object, without any egological principle responsible for the synthesis and unification of the
experiences. The purification of the transcendental field preserves the sovereignty of the
consciousness, that is, its freedom as the foundation of morality. This leads us to the analysis
of the mature work "Being and Nothingness" (1943), specifically chapter I "Immediate
Structure of the Paras-self", in order to understand the reason for the mode of action of the
Paras-self in bringing value to the world. According to Sartre, man, by being open to a nonbeing,
to nothingness, perpetually transcends in search of a value identity, the self, in order to
coincide with himself, to reach the totalizing plenitude of his being as the being-in-itself. The
study proposes to show how the concepts of intentional consciousness, freedom, value, beingin-
itself, being-for-itself, subjective, ego, and the nothing, provide sustainability for the
interpretation of an existential ethics in Sartre.
Descrição
Área de concentração
Agência de desenvolvimento
Palavra chave
Marca
Objetivo
Procedência
Impacto da pesquisa
Resumen
Palavras-chave
ISBN
DOI
Citação
SANTOS, F. da S. Elementos para a leitura do problema moral em Sartre. 2023. 52 p. Dissertação (Mestrado em Filosofia)–Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2023.
Link externo
Avaliação
Revisão
Suplementado Por
Referenciado Por
Licença Creative Commons
Exceto quando indicado de outra forma, a licença deste item é descrita como acesso aberto