dissertação
Cicatrizes e feridas no sair da África: tessituras culturais a partir de Emicida: AmarElo - é tudo pra ontem (2020) e Falas negras (2020)
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Resumo
Nesta dissertação, analisamos os impactos da diáspora africana no Brasil a partir das produções audiovisuais Emicida: AmarElo – É tudo pra ontem (2020) e Falas Negras (2020). Para tanto, percorremos a trajetória histórico-cultural da diáspora africana e as percepções estereotipadas engendradas acerca do continente, dos seus povos e de seus descendentes. Assim, recorremos aos Estudos Culturais e Pós-Coloniais, com base em autores(as) como Hall (2018), Fanon (1961, 2020), Said (2012) e Eagleton (2000) para discutirmos as mudanças epistemológicas suscitadas por perspectivas não eurocêntricas a respeito de África. Além disso, refletimos sobre o modo com que o viés colonial e escravagista é perpetuado em nossa sociedade brasileira que é, estruturalmente, racista. Nessa linha, os estudos de Kilomba (2019), Mbembe (2020), Ribeiro (2019) e Almeida (2019) serviram como aporte teórico de nossas discussões, considerando que raça, classe social e gênero precisam ser pensados de maneira interligada para que possamos entender o porquê de, até os dias de hoje, o Estado adotar políticas que massacram corpos e vidas negras. Ademais, propusemos um (re)encontro entre África e Brasil por meio das narrativas apresentadas e enunciadas por negros(as) em Emicida: AmarElo – É tudo pra ontem (2020) e Falas Negras (2020), problematizando o falso sentimento de mestiçagem harmoniosa que ainda vigora nas relações sociais brasileiras. Por fim, pudemos visualizar as cicatrizes e as feridas que continuam marcando as histórias dos africanos e de seus descendentes, mas que, nos timbres da alforria cultural, transformam-se em vozes de resistência ao sistema colonial e aos seus desdobramentos na contemporaneidade.
Abstract
In this dissertation, we analyze the impacts of the African diaspora in Brazil based on the audiovisual productions Emicida: AmarElo – É tudo pra ontem (2020) and Falas Negras (2020). To do so, we go through the historical-cultural trajectory of the African diaspora and the stereotyped perceptions engendered about the continent, its peoples, and their descendants. Thus, we resort to Cultural and Postcolonial Studies, based on authors such as Hall (2018), Fanon (1961, 2020), Said (2012), and Eagleton (2000) to discuss the epistemological changes brought about by non-Eurocentric perspectives about Africa. In addition, we reflect on how the colonial and slavery bias is perpetuated in our Brazilian society, which is structurally racist. In this line, the studies by Kilomba (2019), Mbembe (2020), Ribeiro (2019), and Almeida (2019) served as a theoretical contribution to our discussions, considering that race, social class, and gender need to be thought of in an interconnected way so that we can understand why, until today, the State adopts policies that massacre black bodies and lives. Furthermore, we proposed a (re)encounter between Africa and Brazil through the narratives presented and enunciated by black people in Emicida: AmarElo – É tudo pra ontem (2020) and Falas Negras (2020), problematizing the false sense of harmonious miscegenation that still prevails in Brazilian social relations. Finally, we were able to visualize the scars and wounds that continue to mark the stories of Africans and their descendants, but which, in the hallmarks of cultural manumission, become voices of resistance to the colonial system and its consequences in contemporary times.
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ALVARES, P. Cicatrizes e feridas no sair da África: tessituras culturais a partir de Emicida: AmarElo: é tudo pra ontem (2020) e Falas negras (2020). 2023. 91 p. Dissertação (Mestrado em Letras)–Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2023.
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